28 novembro 2006

ESTADO DE ALERTA

O verão está chegando, e com a nova estação, o aumento de intensidade pluviométrica, companheira dos dias mais longos do nosso horário modificado e suas temperaturas mais altas.

Nós, cidadãos comuns, e nossos governantes, somos sabedores dos efeitos das chuvas de verão no ambiente urbano, hostil ao movimento natural das águas.

Apesar disso, a sensação que experimentamos é de que somos tomados de assalto pelas intempéries. Alagamentos espalham-se pelos bairros, os congestionamentos diários se ampliam, sinalizações fracassam e o apoio das instituições e dos concessionários de serviços públicos não podem ser considerados suficientes.

Não são incomuns os estragos causados pelas ruas, em especial nas periferias e suas áreas de risco, e a conseqüente deterioração das condições sanitárias, a proliferação de doenças, a desocupação emergencial das residências, entre outros.

Passam os anos e as causas históricas dos desequilíbrios ambientais que alimentam estas situações são pouco atenuados. As metrópoles seguem absorvendo populações do interior seduzidas pela oferta de trabalho, que se espalham desordenadamente em áreas sem condições de habitabilidade.

As aglomerações urbanas impedem a adequada harmonia necessária para a preservação das áreas verdes, proteção dos rios e suas nascentes, além do revestimento inevitável do solo pelo asfalto e pelo concreto, que detém o escoamento da água das chuvas.

Também é relevante a constatação da escassa cultura ecológica da população, que se traduz em acúmulo de lixo pelas ruas, desperdício de água potável, uso excessivo de transporte individual particular, entre tantos fatores que contribuem para o desequilíbrio ambiental.

Está na hora de tratamos a questão do meio ambiente como prioridade fundamental. As ações para recuperar a saúde do planeta precisam ser permanentes, atingindo as causas das tragédias naturais. E as atitudes da sociedade devem refletir a urgência que o assunto requer.

Para o bem do planeta, a solução está na nossa cidade, no nosso bairro, na nossa rua, na nossa casa. Importante começar. Imprescindível persistir.

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