01 maio 2010

VALORES E CONSUMO


Se você olhar para fora de você mesmo, irá encontrar uma interminável oferta de distrações, futilidades e guloseimas que lhe transmitirão a doce ilusão de que tudo se resolve num passe de mágica, ou como se saborear um pedaço de chocolate – verdade que é saboroso – tornasse a vida mais completa e significativa.

Nunca é demais lembrar que o sistema em que vivemos alimenta-se de consumo, e produção, para mais consumo. Tornar-se parte dessa sociedade é consumir – porque e para que ainda não sabemos bem...

Estou longe de ser um rebelde anti-capitalista ou um defensor da vida monástica, mas não posso ignorar que estamos nos afastando das mínimas reflexões que nos tornam diferencialmente humanos.
Comportamento ético, solidariedade, educação e formação do caráter das crianças, e até responsabilidade ambiental – que é a última moda em exposição aos holofotes – vão sendo postas em segundo plano, sob o poder de uma "religião" do consumo, da freqüência aos shoppings, da imediatização das novas tecnologias, da infindável busca de se identificar com a originalidade, que nada mais é do que uma repetitiva formavel busca de se identificar com a originalidade, rendendo-se a padronização do comportamento coletivo.

Experimentemos olhar um pouco para o interior de nós mesmos, onde a moda e a quantidade de objetos que temos não tem nenhum valor. É aí que encontramos a verdadeira identidade, e de onde podemos extrair o melhor, para nós mesmos e para os que nos cercam.

A FORÇA DO POVO