13 abril 2013

SER E EXISTIR

Vivendo em uma sociedade consumista, em que educação e cultura são subdesenvolvidas, e as garantias sociais são precárias, é difícil para a maioria das pessoas identificarem-se como seres humanos com características próprias, com talentos únicos, com perspectivas singulares de existência.
 
Todos somos absorvidos para um sistema genérico e massificado, que faz os indivíduos oferecerem a maior parte ou quase a totalidade de suas vidas em troca de estímulos financeiros superficiais que vão gradativamente substituindo a subjetividade criativa de cada um por uma objetividade árida e empobrecedora.
 
A normalidade do consumo descontrolado, da ambição por status, da celebração dos vencedores, induz ao processo de alienação do indivíduo da sua humanidade, da sua capacidade de ser solidário, agradecido, compassivo ou benevolente.
 
É preciso refletir sobre nossa essência, nosso talento, aquilo que nos faz diferente, porém partes de um todo. Olharmos para dentro de nós mesmos sem sentimentos de inferioridade, nem ambições de superioridade, apenas com a face de nossa singularidade.
 
Viver é estar consciente de ser, não apenas existir. No “ser”, não se pode acrescentar cargos, status, bens e dinheiro. O “ser” não pode ser substituído, removido, vendido ou cancelado. Mas pode ser preenchido, aperfeiçoado, enriquecido, ao longo de nossa trajetória recheada de lições edificantes.
 
Aproveitemos nossa jornada, preservando nossa integridade, nossa saúde, nossos valores, contribuindo para uma sociedade mais pacífica e menos egoísta.

A FORÇA DO POVO