17 janeiro 2010

O DESAFIO DA VIDA

A vida por um fio. A vida num segundo. A luta pela vida. Só os fortes sobrevivem. Viver é uma grande aventura. Viver, e não ter a vergonha de ser feliz. Viver a vida...

Para uns, a vida é uma alegria, um prazer. Para outros, um grande desafio. Para os que gozam os bons momentos da vida, e a levam leve, a vida é rica, numerosa. Para os outros, um fio de vida pode ter grandes e diferentes significados.

Um minuto pode ser o tempo para escapar de um desabamento, o suficiente para não ser atingido por escombros. Um segundo, pode ser o instante exato para evitar uma colisão num automóvel ou para não ser atropelado.

O tempo para se ganhar ou perder a vida não é previsível. O desafio de viver, entretanto, é constante. De algum modo, todos buscam dar um significado a vida, preenche-la com algo mais, do que o ar que respiramos.

Em tempos de catástrofes significativas, pensamos nos instantes, nas horas, nos dias em que tantos lutaram por suas vidas, e tantos outros, ajudam a salvar vidas. Alguns esperam bravamente por socorro, outros acreditam resolutamente no salvamento, todos querem viver.

Para cada um de nós, a vida é um grande desafio. Ganhar a vida, sustentar a família, vencer as dificuldades, superar os próprios limites, enfrentar os obstáculos, ultrapassar as barreiras.

Vencer na vida pode ser encontrar um emprego, ou alimentar os filhos, ou sobreviver ao terremoto ou ser encontrado em meio aos escombros.

A vitória de cada um pode ser comemorada alegremente, melhor ainda se estivermos ao lado da vitória dos outros. Para muitos, a vitória que almejam é muito pouco comparado ao que já temos, mas é muito mais significativa do que qualquer de nossos esforços, é a vitória da vida sobre a morte. Que cada um de nós façamos a nossa parte no grande desafio da vida.

01 janeiro 2010

ANO NOVO, ATITUDES NOVAS

Faz muito tempo, o país não iniciava um ano novo com tantas expectativas positivas, irradiando alegrias alvissareiras e esperanças espraiadas.

São justificadas as crenças no crescimento contínuo das oportunidades de trabalho, das possibilidades de consumo, das condições mais elementares para uma vida digna e segura.

O Brasil enfrentou a crise econômica mundial com intervenções adequadas e tempestivas, e se o que vivemos não foi uma “marolinha”, também é verdade que poderíamos ter sofrido conseqüências bem piores.

O ano de 2010 se inicia com uma agenda eleitoral complexa, tendo o cargo de presidente da república como vedete de uma disputa recheada de debates repetitivos, porém possivelmente reinventados pelo efeito Marina Silva, que colocará em pauta o tema ambiental.

No meio do ano teremos a Copa do Mundo da África do Sul, a última antes da nossa, em 2014. É tempo de os organizadores aproveitarem a última chance de acompanhar experiências do outros, evitar erros e se anteciparem na preparação competente.

Ademais, como sempre, continuaremos a conviver com as nossas mazelas, já conhecidas e nem sempre confrontadas com o vigor necessário:

a impunidade que favorece políticos e elites, que se utilizam de meios jurídicos infindáveis para proteger seus crimes;

as precárias condições das periferias das regiões metropolitanas, expostas ao medo e destruição a cada chuva mais intensa;

as repetidas chacotas que fazemos das empobrecidas redações dos vestibulandos nos concursos federais, que nos mostram a clara deficiência educacional que precisamos transpor para concretizarmos nosso desenvolvimento;

a lamentável constatação de que multiplicamos e universalizamos a oferta de procedimentos estéticos, obviamente lucrativos, enquanto a espera dos doentes nos hospitais e a falta de condições para o atendimento das populações que não podem dispor de convênios caros, denunciam o descaso da sociedade e dos governantes em relação a saúde pública.

O momento é de transformarmos expectativas em ações concretas, de usufruirmos de um ambiente favorável sem nos esquecermos do que falta ser feito.

Passados os tradicionais festejos da virada, brindemos o novo ano com uma atitude nova, com uma visão ampliada da nossa realidade, e uma alegria solidária, que irradie otimismo e compromisso com uma sociedade melhor.

A FORÇA DO POVO