08 fevereiro 2009

DOM HELDER CÂMARA

Na data em que Dom Hélder Câmara completaria cem anos de vida, é possível recuperar parte da memória que vai sendo esquecida: a história da participação política de religiosos e leigos do catolicismo nos últimos cinqüenta anos.

Teólogos da libertação escreveram palavras nuas de fantasias, sobre as necessárias intervenções políticas e humanitárias, que transcendem o ritualismo religioso, para a transformação da vida dos pobres da América Latina.

Militantes das esquerdas e agentes da ala progressista católica uniram-se na defesa de migrantes, agricultores, favelados, menores de rua e outras categorias menos favorecidas da nossa sociedade.

A própria estrutura da Igreja, através da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), em certos momentos, viu-se contagiada pelo apelo libertário, pela defesa das liberdades democráticas, pela atuação engajada de sua ampla rede pastoral.

Nesse movimento humanitário organizado, Dom Hélder foi expoente de liderança religiosa, capaz de dialogar com as forças conservadoras da ditadura e ao mesmo tempo, defender os direitos humanos dos aviltados pelo regime.

Pacifista, Dom Hélder deixou o legado de alguns dos mais nobres valores humanos: solidariedade, compaixão e esperança.

A FORÇA DO POVO