02 novembro 2008

DECLINIO AMERICANO


A posição de liderança que os americanos ocupavam no mundo contemporâneo vem sendo abalada continuamente, por acontecimentos que não podem ser refutados historicamente.

Desde a queda das economias fechadas e controladas pelo poder soviético, nos anos noventa, o mapa do capitalismo começou a ser significativamente redesenhado.

Rússia, Índia, e principalmente, a China, avançaram tecnologicamente, exploraram positivamente seu potencial de consumo, e tornaram-se referências mundiais em crescimento consistente.

Os europeus seguiram seu cronograma federativo, criaram uma moeda forte e reforçaram sua solidez institucional, elevando a importância do bloco no mercado mundial.

Dependentes do petróleo do Oriente Médio, os americanos se envolveram nas últimas décadas, em desgastantes conflitos, expondo seus homens ao fanatismo bélico dos iranianos, iraquianos e afegãos, contrariando a opinião pública interna e externa.

Para encerrar essa trajetória negativa para os negócios nos Estados Unidos, surge a crise bancária, resultado de uma seqüência de decisões malsucedidas, que fragilizaram seu sistema econômico.

A dificuldade em enfrentar os sintomas da perda de lastro das operações originadas dos empréstimos hipotecários, teve como conseqüência a vulnerabilidade de todas as instituições financeiras que de alguma forma atrelaram seus ativos a esses papéis.

O resultado é uma crise global de confiança na sustentabilidade do sistema financeiro mundial, desencadeada pela maior potência econômica, vista outrora como exemplo de eficiência e prosperidade.

A FORÇA DO POVO