07 setembro 2006

ELEIÇÕES E INDEPENDÊNCIA

Como acontece em todo sete de setembro, milhares de brasileiros compareceram aos desfiles cívico-militares para a celebração da data símbolo da soberania nacional, que representou a independência brasileira do domínio imperial português.

As informações tradicionalmente repassadas
pelo modelo educacional vigente alimentaram a crença de que o nascimento do Brasil como país soberano esteve repleto de pompas e simbologias fantasiosas.

Diante da revelação desse evento de forma mais adequada à realidade e dimensão dos fatos, não se busca diminuir a importância histórica desse movimento político, início do reinado da família Orleans e Bragança, a sua superação pelos generais da república velha e suas mazelas autoritárias, até chegarmos à construção democrática atual.

O momento presente é de expectativa de avanços no sistema político, de crescimento econômico com diminuição das desigualdades sociais, de melhorias nascondições da educação, saúde e seguridade social para a ampla maioria da população.

É sensato supor que essas distorções não sejam eliminadas de imediato pelos vitoriosos no embate eleitoral, seja pela complexidade e diversidade dos problemas que se apresentam,
seja pela qualificação duvidosa dos escolhidos, a julgar pelos acontecimentos que se sucedem nas câmaras e assembléias em todo o país, e mancham a confiança otimista dos eleitores na via representativa e democrática de gestão do Estado.

Ainda assim, o cidadão tem sua oportunidade de participar das decisões futuras através do voto.

Se o sentimento de incredulidade popular nas instituições políticas é uma realidade, também é verdade que o sufrágio próximo é o melhor instrumento que a sociedade possui para ousar alterar o rumo dessas mesmas instituições.

Uma ousadia vigilante, uma esperança engajada, uma opção consciente. Esta é a nossa melhor expressão de independência.


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