19 março 2021

O DIREITO DE NÃO VOTAR

Diante da escassez de alternativas e das costumeiras polarizações dos segundos turnos eleitorais, a abstenção e o voto nulo costumam aparecer como válvula de escape.

Eleitores ressentidos por terem sido derrotados ou apáticos diante da pobreza de alternativas ficam diante de uma incógnita: fazer uma escolha que não agrada ou eximir-se de compromisso com a vitória dos grupos que chegam ao poder.

Existem argumentos para ambas as escolhas, e como sempre, não faltam aqueles que demonizam a opção desses eleitores.

Não julgo opiniões alheias. Entendo que é possível que as pessoas se sintam mal para fazer uma escolha entre dois candidatos apenas. Sobretudo, quando ambos simbolizam antecedentes tão desabonadores e pressupõem um voto de confiança num cenário de governo totalmente imprevisível.

Não se apresse, tenha calma. Se decidir não votar, deve ser compreendido, como quem escolhe um partido, um candidato ou um grupo político.

A democracia é assim. Cada um pode fazer as suas escolhas.

Em tempo: não estou defendendo que as pessoas anulem o voto, mas que respeito muito quem tomar essa decisão. 

(Escrito em 23/10/2018)

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