19 março 2021

CAPACIDADE DE PENSAR

Já faz algum tempo que as “versões” são muito mais entusiasticamente difundidas do que os fatos reais.

Ao sabor das conveniências, as torcidas que se engalfinham nas redes sociais, escolhem se querem atacar ou defender princípios, valores ou instituições.

Aquilo que é inaceitável num momento pode ser adotado como estratégia de popularidade em outro.

A propagação repetitiva de narrativas que contradizem o senso comum, a elaboração de extravagantes teorias conspiratórias, as manifestações em momentos alternados, ora de força e ora de vitimização, são praticadas frequentemente pelas militâncias em busca de posicionamento no jogo do poder.

Os dirigentes que conduzem esses movimentos coletivos, não se envergonham em oferecer conteúdos sob medida para alimentar ódios e semear uma parcialidade insensível e irracional.

Tomara que, após a ressaca eleitoral, voltemos a dialogar de modo construtivo, produzindo novos conhecimentos e pontos de vista.

Já passamos da hora de sair das bolhas, para um diálogo a altura das possibilidades humanas: a capacidade de pensar, com tolerância e independência, respeitando e aprendendo com as opiniões dos outros.

(Escrito em 20/12/2018)

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