13 janeiro 2007

RECOMEÇAR


O momento presente tem uma riqueza infinita mergulhada numa vastidão de possibilidades. A liberdade individual de decidir por um caminho, de optar por uma fonte, de escolher uma alternativa é uma indelegável e irrestrita oportunidade, que se multiplica e se eterniza a cada fração de segundo.

O ser humano histórico, amarrado por suas tradições, contido por suas crenças infantis, reduz o espaço da sua criatividade e torna-se cativo das convicções ultrapassadas e das ambições contemporâneas.

O movimento conflituoso dos povos, das castas e das culturas invade as relações dos humanos com os seres e a natureza. A descontrolada ocupação do planeta desafia as leis naturais e coloca em risco o futuro da espécie e do meio ambiente.

Nas famílias ou nos arranjos sociais modernos, as diferenças psicológicas são tragadas pela necessidade de socialização aparente, dissociada da solidariedade construtiva.

A afirmação da pessoa, enquanto personalidade única, sucumbe aos modelos estabelecidos, que por sua vez, determinam condições primitivas de convivência social.

Crescer em humanidade é uma necessidade fundamental superior aos galanteios do poder e ao perfume das riquezas materiais. Somente pelo exercício persistente da essência humana encontraremos soluções íntegras para os enormes desafios que a existência social nos apresenta.

A urgência de atitudes colaborativas entre os povos é construída a partir das iniciativas fraternas dos indivíduos. A perspectiva de um futuro mais altivo é resultado de ações inovadoras, de posturas harmoniosas e inflexões inteligentes sobre o status quo.

A existência é palco para experimentação consciente das nossas habilidades. Colocá-las a serviço da coletividade é decisão pessoal e intransferível. Recomeçar um ano, recomeçar uma carreira, reinventar a vida.

Tão estimulante quanto recomeçar é abraçar as pessoas, aspirar novas oportunidades, recriar comportamentos, transformar o mundo. O desenho de uma nova era começa pelos traços mais simples, pela visão de um sonho, pela liberdade criativa. Mãos a obra!


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A FORÇA DO POVO