07 julho 2007

HUMANAMENTE POSSÍVEL

Vivemos no mundo do trabalho.

Nele empenhamos nossas esperanças, carregamos nossos esforços, lapidamos nossas ambições, entregamos nossos melhores talentos.

Não sem motivo, temos pouco tempo para comemorar, para almoçar em família, para ler um livro, para tomar sol, para correr na praia.

Mas essa não é a pior constatação.

Para almejarmos construir um país que seja minimamente melhor do que hoje para nossos filhos e netos, não basta nos indignarmos com as diárias notícias negativas dos telejornais.

A ousadia de difundir e a coragem de praticar a ética, a solidariedade, a preservação do meio ambiente, a defesa da paz, precisam fazer parte da nossa atitude cotidiana.

A teimosia da honestidade e a perseverança da honradez não podem sucumbir aos desejos imediatos que se locupletam na arrogância.

Disfarçar as misérias da indiferença urbana, dar as costas ao abandono dos sertões não assegura os padrões das exigências estéticas globalizantes.

Nenhum crescimento econômico seduzirá por si só as nossas mentes, transformando-as em depositárias dos valores humanos essenciais.

Evoluir e repensar tudo, todas as coisas, todos os mitos, os preconceitos, os sinônimos de sucesso, os sabores do poder, isso é urgente.

Criar o novo, para sermos melhores, com a riqueza do significado do que é ser melhor.
Humanamente possível.

Um comentário:

A FORÇA DO POVO